Simón Bolívar

Político e militar venezuelano
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Simón Bolívar

Simón Bolívar, (1783-1830) foi um líder político e militar venezuelano, chefe das revoluções que libertaram a Venezuela, Colômbia, Equador, Panamá, Peru e Bolívia do domínio espanhol.

José Antonio de la Santíssima Trindad Simón Bolívar y Palácios nasceu em Caracas, no Vice-Reinado de Nova Granada, depois Venezuela, no dia 24 de julho de 1783.

Era filho do Coronel Juan Vicente de Bolívar e de Maria de la Concepción Palacios y Blanco, descendentes de rica aristocracia espanhola que chegou à Venezuela em 1588.

Infância e juventude

Simón Bolívar ficou órfão de pai com três anos de idade. Ao completar nove anos perdeu também a mãe. Foi adotado por um tio que entregou sua educação a um preceptor, Simón Carreño Rodriguez, pedagogo revolucionário, que lhe despertou o amor pela liberdade.

Em 1799, com 16 anos, foi completar os estudos na Espanha. Em 26 de maio de 1802, em Madri, casou-se com Maria Tereza del Toro, jovem de família nobre. De volta à Caracas, sua esposa morre de febre amarela em janeiro de 1803.

Em 1803, voltou para a Europa. Esteve em Paris, onde conheceu o naturalista alemão, Alexander von Humboldt, que estava voltando de uma viagem à América e considerava inevitável a independência das colônias espanholas.

Movimentos revolucionários

Em 1806, o general Francisco de Miranda, com a ajuda da Inglaterra, invadiu duas vezes a Venezuela. Em 1811 a Venezuela declarou-se independente, mas pouco depois foi sacudida por uma guerra civil. Miranda que é declarado ditador é deposto e substituído por Monteverde, comandante do exército real.

Em fevereiro de 1813, com o apoio da Inglaterra, Bolívar organiza um pequeno exército e consegue libertar a cidade de Cartagena. Em maio parte para a conquistar a Venezuela. Entra em Caracas e derrota Monteverde. Em 1814, ganha o título de “Libertador”, mas a nova República só duraria um ano.

Entre 1814 e 1815, a violenta repressão da Espanha deixa um saldo de milhares de mortos e reconquista o país para a Coroa espanhola, expulsando Bolívar que se refugia na Jamaica, onde redigiu “A Carta da Jamaica”.

Bolívar o libertador

Com a ajuda britânica, e sonhando em formar uma grande confederação que uniria todas as colônias espanholas da América, Bolívar forma um novo exército auxiliado por camponeses e mercenários ingleses e irlandeses e pouco a pouco vai conquistando vitórias.

Em fevereiro de 1819 deu início a sua mais audaciosa campanha militar. Reuniu os chefes das províncias venezuelanas e apresentou seu projeto de constituição onde propunha a criação de um grande estado, com a união da Venezuela, Colômbia e Equador, sob o nome de “Grande Colômbia”.

Em 24 de junho de 1821, os espanhóis foram derrotados na batalha de Carabobo, pondo fim ao domínio espanhol na Venezuela.

Depois de dominar a maior parte do vale do rio Orinoco, Bolívar lançou-se com 2 500 homens em uma audaciosa campanha: atravessou os Andes, penetrou na Colômbia, pelo vale da Madalena e esmagou o inimigo.

Em seguida, o Congresso promulgou a constituição definitiva da Colômbia e ratificou a presidência de Bolívar.

Em maio de 1822, depois das batalhas de Bomboná e Pichincha, Quito caiu e o território equatoriano foi integrado ao da república colombiana.

Em 1821, os espanhóis são batidos em Lima, no Peru, mas os espanhóis ainda resistiram. Em 1823, o governo do Peru enfraquecido economicamente, entregou os poderes a Simón Bolívar.

Bolívar o ditador

Em 1826, convocado por Bolívar, reúne-se o Congresso do Panamá, cujo objetivo era promover a união política da América Latina, o ideal último de Bolívar.

Mas a iniciativa fracassou, as ideias centralizadoras de Bolívar entravam em conflito com o desejo de autonomia das novas repúblicas. As aspirações regionalistas e o temor de que Bolívar implantasse uma monarquia foram fundamentais para os atritos.

Na Venezuela, Páez, que exercia o comando militar, encabeçou uma insurreição contra Santander, o vice-presidente da “Grande Colômbia”, em 1826.

No ano seguinte, Bolívar foi obrigado a renunciar a presidência vitalícia do Peru. Em agosto de 1828, na tentativa de evitar a separação da Grande Colômbia, Bolívar proclama-se ditador.

Em setembro de 1828, Bolívar sofre um atentado a “Conspiração Setembrina”. Em 1829, A Bolívia se torna independente e pouco depois, a Venezuela rompe sua união com a Colômbia.

Combatido por várias facções, Bolívar foi obrigado a exilar-se. Foi acolhido por seu amigo Joaquín de Mier, na quinta de São Pedro Alexandrino em Santa Marta, Colômbia.

Simón Bolívar faleceu em Santa Marta, na Colômbia, no dia 17 de dezembro de 1830. Seu corpo foi trasladado para o Panteão Nacional, em Caracas.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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