Cordeiro de Farias

Militar brasileiro
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Cordeiro de Farias

Cordeiro de Farias (1901-1981) foi um militar brasileiro. Foi comandante da Escola Superior de Guerra. Foi chefe do Estado Maior das Forças Armadas. Elegeu-se governador de Pernambuco. Recebeu várias honrarias, entre elas, a Legião de Honra, na França e a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis, em Portugal.

Cordeiro de Farias (1901-1981) nasceu em Jaguarão, Rio Grande do Sul, no dia 16 de agosto de 1901. Filho de Joaquim Barbosa Cordeiro de Farias e de Corina Padilha Cordeiro de Farias. Estudou no Colégio Militar. Em 1917, entrou para a Escola Militar do Realengo, sendo declarado oficial em 1919. Em 1920 foi promovido a segundo-tenente e em 1921 a primeiro tenente.

Ligado a tenentes conspiradores, participou da revolta de 5 de julho de 1922, no Rio de janeiro. Participou também do segundo levante tenentista, em Uruguaiana, Rio grande do Sul. Com o fracasso da Revolta, recuou em direção à fronteira com a Argentina, onde se exilou.

Cordeiro de Farias, junto com os tenentes revolucionários, foram em direção ao Rio de Janeiro e em seguida para o Rio Grande do Sul, onde se formou a coluna Preste. Percorreu o Brasil neste movimento, tendo invadido Pernambuco em 1926, vindo da Paraíba, onde travara combate sanguinário em Piancó, no que foi morto o padre Aristides. A coluna esperava apoio para o movimento que devia rebentar no Recife, mas fracassado o intento, continuou sua marcha para a Bahia.

Participou da Revolução Liberal de 30, que depôs o presidente Washington Luís e impediu a posse do presidente eleito Júlio Preste. Apoiou Getúlio quer na defesa do Palácio da Guanabara, quando atacado pelos integralistas comandados por Severo Furnier, quer na intervenção de Vargas no Rio Grande do Sul ao depor Flores da Cunha, preparando a implantação do Estado Novo.

Tendo participado da Força Expedicionária Brasileira (FEB), aproximou-se de oficiais que também lutaram na Itália. De volta ao Brasil em 1945, participou de articulações políticas, tendo seu nome cogitado para a presidência da República.

Cordeiro de Farias foi nomeado comandante da Escola Superior de Guerra. Em maio de 1950, foi derrotado nas eleições para a diretoria do Clube Militar. Em 1952 assumiu o comando da Zona Militar Norte, sediada no Recife. Em 1954 elegeu-se governador de Pernambuco, numa coligação do Partido Social Democrático com o Partido Libertador e o Partido Democrata Cristão, onde governou entre 1955 a 1958. Em 1961 foi nomeado, pelo presidente Jânio Quadros, Chefe do Estado Maior das Forças Armadas.

Cordeiro de Farias foi homenageado com a Cruz de Guerra com Palmas e a Legião de Honra (França) a Grande Oficial da Ordem da Coroa (Itália), a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis (Portugal), a Legião do Mérito (Estados Unidos), a Grande Oficial da Ordem Nacional do Mérito Militar no Mérito Naval e no Mérito Aeronáutico (Brasil).

Osvaldo Cordeiro de Farias faleceu no Rio de Janeiro, no dia 17 de fevereiro de 1981.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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