Montezuma II

Imperador asteca
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Montezuma II

Montezuma II (1466-1520) foi um imperador asteca, líder de uma das mais desenvolvidas civilizações pré-colombianas da região central do atual México.

Montezuma II nasceu provavelmente no ano de 1466, na civilização asteca, que formava um grande império que dominava uma área que se estendia desde o golfo do México até o Oceano Pacífico. Era filho do imperador Axayácatl, em 1502 sucedeu a seu tio Ahuítzotl. 

A unidade do império era imposta pela aliança de três cidades, sendo Tenochtitlán, a principal delas, localizada onde hoje fica a Cidade do México. Montesuma foi um dos imperadores astecas que possuía poder absoluto, sendo auxiliado por nobres, sacerdotes e guerreiros.

Montezuma vivia em seu imenso palácio de pedra, rodeado de luxo. Os camponeses formavam a grande maioria da população. Eles eram obrigados a entregar ao estado parte de tudo que produziam, além de prestar serviço militar e trabalhar na construção e manutenção de obras públicas. Os súditos eram oprimidos com pesados tributos que provocavam guerras constantes.

Os astecas foram grandes arquitetos, matemáticos e astrônomos. Preservavam as construções dos povos dominados e construíam outras, baseadas nas técnicas já existentes.

Construíram grandes pirâmides, como a “Pirâmide do Sol”, em Teotihuacán, que era usada como altar para rituais religiosos. Com 365 degraus, em determinada hora do dia os raios solares incidiam cada dia do ano sobre um degrau.

Os astecas festejavam as colheitas com rituais que envolviam sacrifícios humanos. Veneravam vários deuses, entre eles, Quetzlocatl, o deus do vento, com seu fabuloso templo construído pelos toltecas, povo dominado e reduzido à escravidão, que o venerava como o maior dos deuses.

Diz a Lenda que Montesuma foi avisado que o vingativo deus do vento jurou voltar e instalar ali um reino de paz e harmonia, onde os toltecas não mais seriam perseguidos.

A destruição do império

Em 1519 chegou ao México o conquistador espanhol Fernão Cortez e encontrou uma civilização avançada. Conta a lenda que estando em seu palácio, o soberano recebeu um guerreiro que ajoelha-se a seus pés e diz; “Senhor, na costa que vigio apareceram os servidores de Quetzlocatl para nos destruir. São homens brancos de barba preta.”

Os mensageiros astecas vão ao encontro dos “enviados de Quetzlocatl” e Montezuma manda entregar barras de ouro e pedras preciosas e também uma centena de escravos, mas que tomem os seus barcos e abandonem o território asteca.

Isso não impediu que os invasores espanhóis se instalassem e servindo-se da rivalidade entre as tribos indígenas, logo dominaram os astecas e começam a caminhar em direção a Tenochtitlán, a capital do império.

Montezuma II resolve negociar com os espanhóis originando a revolta dos astecas. Depois de vários combates, a capital é sitiada por seus próprios moradores e todo caminho de volta fica barrado aos espanhóis.

A situação torna-se crítica, o cerco se prolonga e os víveres começam a escassear na cidade. Cortez entra em entendimentos com Montezuma II que mais uma vez pactua com os invasores.

Em 1520, prisioneiro dos espanhóis, Montezuma II prega uma política de conciliação, é então levado para fazer um discurso a seu povo, mas logo que aparece no terraço é atingido mortalmente por uma chuva de pedras e flechas. O povo asteca já não o aceitava mais como líder.

Depois de furar o cerco inimigo e de receber reforços da Jamaica e das Canárias, Cortez esmaga os revoltosos e finalmente seus homens iniciam um saque à capital asteca. O que não pode ser levado foi destruído.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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