Barão de Lucena

Político brasileiro
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Barão de Lucena

Barão de Lucena (1835-1913) foi político, magistrado e nobre brasileiro. Presidente da Câmara, fez transitar rapidamente o projeto que decretava a Abolição da Escravatura. Recebeu da Princesa Isabel, o título de Barão de Lucena.

Henrique Pereira de Lucena, Barão de Lucena, nasceu na antiga comarca de Limoeiro, Pernambuco, em 27 de maio de 1835. Estudou humanidades no Colégio Pedro II, do Rio de Janeiro. Em 1858, formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito do Recife.

Carreira política

Exerceu a magistratura em diversas comarcas do império, tendo concluído sua carreira como desembargador. Foi Presidente das províncias do Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul. Teve íntima ligação com o poder, foi amigo de João Alfredo e do Marechal Deodoro da Fonseca.

Governador de Pernambuco

Entre 5 de novembro de 1872 e 10 de maio de 1875, como presidente da província de Pernambuco, realizou várias obras. Reformou o Campo das Princesas e a Praça da República, onde se localiza o Palácio do Governo. Reformou o Farol de Olinda, construiu o Mercado de São José, com estrutura de ferro, vinda da Europa.

Para expandir a educação, criou a Escola Normal, que deu origem ao Instituto de Educação de Pernambuco. Preocupado com os problemas de comunicação implantou o sistema de telégrafos submarinos ligando o Recife a diversos pontos do país, e também à Europa. Lançou a pedra fundamental do Hospício da Tamarineira. Trabalhou na abertura e conservação de estradas no interior, e de pontes no Recife, entre elas a da Boa Vista.

Prático e autoritário, com perfil mais voltado para a administração, só em 1886 ingressou na Câmara, onde foi Deputado Geral até 1889. Presidiu a Assembleia Imperial, no momento em que foi votada a Lei Áurea, onde fez transitar com rapidez o projeto que decretava a Abolição da Escravatura. Por este serviço, recebeu da Princesa Isabel, o título de Barão de Lucena.

Ministro da Justiça

Em 22 de janeiro de 1891, quando houve a demissão coletiva do primeiro ministério do governo provisório de Deodoro da Fonseca, o Barão de Lucena foi chamado para ocupar o papel equivalente a primeiro ministro e assumiu os ministérios da Justiça e da Agricultura.

Após a promulgação da Constituição, em fevereiro de 1891, o Barão de Lucena permaneceu como ministro interino das mesmas pastas. Logo depois, foi efetivado como Ministro da Fazenda, cargo que exerceu até o golpe de estado de 23 de novembro de 1891.

Foi Ministro do Supremo Tribunal Federal até aposentar-se da política, em março de 1892, em seguida, assumiu a liderança da oposição em Pernambuco e participou da campanha da “salvação”, contra as oligarquias do Nordeste.

O Barão de Lucena faleceu em consequência da arteriosclerose, no dia 10 de dezembro de 1913, no Rio de Janeiro.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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