Bertrand Russell

Filósofo britânico
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Bertrand Russell

Bertrand Russell (1872-1970) foi o mais influente filósofo britânico do século XX. Foi ensaísta e crítico social, conhecido também por seu trabalho de lógica matemática e filosofia analítica.

Bertrand Arthur William Russell, o terceiro conde Russell, conhecido como Bertrand Russell, nasceu em Trelleck, País de Gales, Reino Unido, no dia 18 de maio de 1872.

De família aristocrática, filho do visconde de Amberley ficou órfão aos três e foi educado por preceptores e governantas na casa da avó, até ingressar no Trinity College, em Cambridge.

Russell mostrou seu grande interesse por matemática e ciências exatas, afirmando que elas constituíam a fonte de todo o progresso humano.

Formação

Em 1890, Bertrand ingressou na Universidade de Cambridge, onde estudou Filosofia e Lógica.

No final do século XIX, junto com Edward Moore, reagiu contra o idealismo dominante e restabeleceu a tradição empirista de filósofos como Hume.

Passou a publicar seus ensaios em revistas especializadas. Em 1910 publicou o primeiro volume da obra “Principia Mathemática”.

Ainda em 1910 ingressou como mestre de conferências na Universidade de Cambridge e deixou importantes contribuições ao problema de fundamentação lógica da matemática.

Em 1911 publicou “Problems of Philosophy” e “Our Kwonledge of the External World” em 1914, que confirmaram o seu inegável prestígio.

Bertrand Russell sempre demonstrou grande interesse pelos problemas sociais, se posicionou a favor da emancipação feminina.

Militante político

Em 1916 foi obrigado a se demitir da Universidade, em virtude da participação em movimentos pacifistas, durante a Primeira Guerra Mundial. Foi multado e preso.

Bertrand Russell passou cinco meses na prisão, época em que escreveu “Introdução à Filosofia Matemática”, publicada em 1919.

Em 1920, Bertrand viajou para a Rússia e para China, onde realizou uma série de conferência durante um ano. Nessa época escreveu livros populares de Ética, Matemática e Filosofia.

Após visitar a Rússia, ele fez duras críticas ao regime comunista. Denunciou a natureza totalitária do regime soviético e predisse e condenou muitos aspectos do que seria mais tarde chamado de stalinismo.

 Reuniu suas conferências na obra “The Analysis os The Mind” (1921). Em 1939 mudou-se para os Estados Unidos, onde lecionou na Universidade da Califórnia.

Em 1944, voltou para a Inglaterra, retornando ao Trinity College. Em 1944 foi condecorado com a Ordem do Mérito.

Filosofia de Russell

Bertrand Russel acreditava que a filosofia deveria preparar o terreno para uma ciência pragmática que permitiria ao homem dedicar-se ao aperfeiçoamento do mundo em que se vive.

Apesar de sua imensa produção filosófica, que abordava assuntos como física, lógica, religião, educação e moral, Russell nunca foi uma personalidade estritamente acadêmica.

A obra filosófica mais lida de Russell é a “História da Filosofia Ocidental” (1945), que se tornou um best-seller no Reino Unido e nos Estados Unidos. Em 1950 recebeu o Prêmio Nobel de Literatura.

Campanhas oposicionistas

Após a Segunda Guerra Mundial, Russell tornou-se um dos principais representantes do movimento de oposição às armas nucleares. Em 1954, fez um polêmico pronunciamento em que condenava os testes de bombas nucleares.

Em 1958 foi presidente da “Campanha pelo Desarmamento Nuclear”. Em 1960 formou o “Comitê dos 100”, com o objetivo de incitar a desobediência civil.

Além de suas campanhas no combate ao totalitarismo, destacou-se também contra a intervenção americana no Vietnam.

Bertrand Russell faleceu em Penrhyndeudraeth, País de Gales, no dia 2 de fevereiro de 1970.

Frases de Bertrand Russell

  • O truque da filosofia é começar por algo tão simples que ninguém ache digno de nota e terminar por algo tão complexo que ninguém entenda.
  • O problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas, e as pessoas idiotas estão cheias de certezas.
  • Se a todos fosse dado o poder mágico de ler nos pensamentos dos outros, suponho que o primeiro resultado seria o desaparecimento de toda a amizade.
Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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