Beth Carvalho
Biografia de Beth Carvalho
A menina que viria a se tornar um dos grandes nomes do universo do samba nasceu no Rio de Janeiro (mais precisamente na Gamboa).
Filha de João Francisco Leal de Carvalho e Maria Nair Santos Leal de Carvalho, Beth teve uma única irmã, Vânia Santos Leal de Carvalho.
Música, uma paixão de berço
Oriunda de uma família apaixonada por música, desde sempre as canções de grandes nomes brasileiros tocavam na sua casa. Já a avó de Beth, chamada Ressú, costumava tocar bandolim e violão.
O pai, por sua vez, tinha amigos próximos do cenário musical como Aracy de Almeida e Sílvio Caldas. Intelectual, João Francisco chegou a ser preso pelo regime militar em 1964 por possuir ideais de esquerda. A cantora seguiu o exemplo do pai e foi bastante ativa politicamente.
Ainda na infância, levada pela família, Beth participou do programa Trem da alegria, da Rádio Mayrink Veiga. Com desejo de aprofundar seus conhecimentos, Beth se matriculou na Escola Nacional de Música.
Além da música, outra paixão da cantora foi o balé. Quando tinha apenas 13 anos resolveu deixar a música de lado voluntariamente para investir no balé clássico. O afastamento não durou muito e logo Beth voltou para o mundo da música.
Os primeiros passos na carreira profissional
Com o destino conturbado do pai devido às suas crenças políticas, Beth para ajudar em casa começou a dar aulas de violão. Ela chegou a entrar para o curso de Relações Internacionais, mas abandonou a graduação para investir na música integralmente.
Seu primeiro grande passo como artista foi dado em 1965, quando gravou o seu compacto simples de estreia que continha a música Por quem morreu de amor (de autoria de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli).
No ano a seguir, Beth teve a honra de, na companhia de Nelson Sargento e Noca da Portela, participar do show A Hora e a Vez do Samba.
Os anos sessenta e setenta fervilharam e Beth participou de uma série de festivais da música. Andança, uma das canções que gravou, ficou em terceiro lugar no Festival Internacional da Canção.
A importância da música é tamanha que ela serviu como título do seu primeiro LP, lançado em 1969.
A consolidação da carreira
Com o sucesso instaurado, Beth passou a gravar praticamente um disco por ano.
Ela tornou-se uma referência no universo do samba e apadrinhou uma série de cantores e compositores iniciantes como Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Jorge Aragão e o grupo Fundo de Quintal.
Entre os maiores sucessos de Beth Carvalho estão as canções:
- Coisinha do Pai
- 1.800 Colinas
- Firme e Forte
- Folhas Secas
- As Rosas Não Falam
Beth foi tão importante para uma série de artistas que passou a ser chamada de rainha (ou madrinha) do samba.
O reconhecimento internacional
Ao longo da carreira, a cantora fez uma série de shows ao redor do mundo tendo representado o Brasil e apresentado o samba para os estrangeiros.
Em suas turnês internacionais esteve nos Estados Unidos, em uma série de países da Europa (Itália, Espanha, Portugal, França, Suíça e Áustria) e também passou por algumas cidades africanas como Luanda e Johannesburgo e Soweto, além de ter feito shows em Cuba.
Um marco na carreira da cantora aconteceu no ano de 2009, quando foi homenageada no Grammy Latino tendo recebido o prêmio Lifetime Achievement Awards em referência à importância da sua carreira.
Em 2012, ela recebeu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode com o disco Nosso samba tá na rua.
Vida Pessoal
Beth foi casada com o jogador de futebol Edson de Souza Barbosa. Conhecido por muitos, o atleta chegou a participar da Copa do Mundo de 1966.
O casamento foi realizado em 1979 e, dois anos mais tarde, nasceu a única filha do casal, Luana Carvalho.
Uma das maiores alegrias da vida de Beth foi ter sido homenageada como enredo de uma série de escolas de samba em diversos Estados do Brasil. As escolas de samba eram, aliás, uma das suas grandes paixões - Beth era mangueirense de corpo e alma. Apaixonada pelo Carnaval, ela também foi fiel ao bloco Cacique de Ramos.
O falecimento
Com um problema crônico de coluna, Beth teve a sua saúde agravada em 2018, quando passou a ter mobilidade reduzida e chegou a apresentar um show cantando deitada.
No princípio do ano de 2019, a sua situação piorou e a cantora precisou ser internada. No último dia do mês de abril, Beth Carvalho sofreu uma infecção generalizada e perdeu a vida aos 72 anos.
Ao longo dos seus mais de cinquenta anos de carreira, a rainha do samba lançou 33 discos e 4 DVDs.
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