Bruno Barreto

Cineasta brasileiro
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Bruno Barreto

Bruno Barreto (1955) é um cineasta brasileiro. Dirigiu sucessos de bilheteria, entre eles, “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, “Gabriela Cravo e Canela” e “O Beijo no Asfalto".

Bruno Villela Barreto Borges nasceu no Rio de Janeiro, no dia 16 de março de 1955. Filho dos produtores Lucy e Luiz Carlos Barreto, donos da Produtora LC Barreto Filmes, cresceu no meio cinematográfico.

Carreira de produtor e diretor

Com 11 anos, com uma câmera que recebeu de sua avó, a produtora de cinema Lucíola Villela, ele produziu seu primeiro curta-metragem Três Amigos Não se Separam.

Nos anos seguintes, dirigiu outros curtas:  Bahia, a Vista (1967), Médico e Monstro (1967), A Bolsa e a Vida (1971) e A Emboscada (1972).

Em 1973, com 17 anos, estreou em seu primeiro longa-metragem, Tati, A Garota, quando dirigiu grandes atores, entre eles, Dina Sfat e Hugo Carvana.

O filme foi inspirado na obra homônima do escritor Aníbal Machado (1894-1964). O longa conquistou o público e colocou Bruno como um dos mais jovens cineastas do país.

Em 1974, Bruno dirigiu o drama A Estrela Sobe, com o roteiro baseado no livro homônimo do escritor Marques Rabelo (1907-1973).

Seu terceiro longa, Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), uma adaptação da obra homônima de Jorge Amado, com Sonia Braga no papel principal, fez grande sucesso batendo o recorde de bilheteria brasileira, com mais de 10 milhões de espectadores.

O filme levou Bruno a ser reconhecido nacionalmente e a ganhar o Prêmio de Melhor Diretor no Festival de Gramado de 1977.

No ano seguinte, Bruno lançou seu primeiro longa com argumento original roteirizado por Leopoldo Serran, intitulado Amor Bandido (1978).

Década de 80

Em 1980, Bruno Barreto adaptou a peça de Nelson Ferreira (1912-1980), O Beijo no Asfalto, que fez sucesso junto ao público.

Em 1983, outro sucesso foi Gabriela, Cravo e Canela, também adaptado da obra homônima de Jorge Amado, com Sonia Braga no papel principal e com a participação do ator italiano Marcelo Mastroianni.

Em seguida, vieram mais duas produções, Além da Paixão (1986), protagonizado por Regina Duarte, e Romance da Empregada (1987), protagonizado por Betty Faria, ambos com roteiros originais.

Carreira Internacional

 No início dos anos da década de 90, Bruno mudou-se para os Estados Unidos e iniciou uma grande carreira internacional.

Casou com a atriz americana Amy Irving e produziu os filmes: A Show of Force (1990) (Assassinato sob Duas Bandeiras), The Heart of Justice (1992) (O Coração da Justiça), Carried Away (1995) e (Atos de Amor).

O Que é Isso Companheiro

Em 1997, Bruno Barreto voltou para o Rio de Janeiro para dirigir O Que é Isso, Companheiro, um filme de ação, baseado parcialmente na obra de Fernando Gabeira, com atuação de Fernanda Torres, Cláudia Abreu, Pedro Cardoso, entre outros.

O filme conta a história do sequestro do embaixador dos Estados Unidos, no Brasil em 1969, por jovens integrantes do Movimento Revolucionário 8 de outubro.

O filme foi lançado nos Estados Unidos com o título de Four Days in September, sendo indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 1997.

De volta ao Estados Unidos, Bruno gravou  One Tough Cop (1998) (Entre o Dever e a Amizade), quarta produção nos Estados Unidos. Seu maior projeto em Hollywood, Voando Alto (2003), protagonizado, por Gwyneth Paltrow, não fez sucesso.

Outras Produções Nacionais

Bruno Barreto passou a se dedicar a produções nacionais, entre eles, Bossa Nova (2000), O Casamento de Romeu e Julieta (2003), uma releitura da obra clássica do dramaturgo William Shakespeare. Em seguida, produziu Caixa Dois (2007), uma adaptação da peça de Juca de Oliveira.

Em 2008, lançou Última Parada 174, com roteiro de Bráulio Mantovani, baseado na história real do sequestro do ônibus 174, ocorrido na cidade do Rio de Janeiro, em 2000.

Em 2013, o cineasta produziu Crô – o Filme, protagonizado por Marcelo Cerrado, baseado no personagem que o ator interpretou na novela Fina Estampa, da Rede Globo.

Nesse mesmo ano dirigiu o drama de época Flores Raras (2013) baseado no livro Flores Raras e Belíssimas de Carmem Lúcia Oliveira. O filme que conta com Glória Pires no papel principal recebeu o Prêmio do Cinema Brasileiro - Melhor Atriz e Bruno Barreto recebeu o Prêmio de Melhor Direção de 2014.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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