Duarte Coelho de Albuquerque

Governador da capitania de Pernambuco
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Duarte Coelho de Albuquerque

Duarte Coelho de Albuquerque (1537-1578) foi o segundo governador da capitania de Pernambuco. Herdou a capitania de seu pai, o donatário Duarte Coelho, em 1554. Pernambuco foi a capitania que mais prosperou em toda a colônia.

Duarte Coelho de Albuquerque nasceu em Olinda, Pernambuco, no ano de 1537. Era filho do português Duarte Coelho e de Dona Brites de Albuquerque, descendente de nobre família portuguesa.  Fez seus primeiros estudos com os jesuítas que se instalaram na colônia.

Estudo em Portugal

Em 1553, Duarte Coelho acompanhou seu pai e seu irmão mais novo jorge de Albuquerque Coelho, em viagem à Europa, onde deveria permanecer a fim de aprimorar sua educação. Duarte Coelho foi também, em busca de financiamento para empreendimentos na sua capitania.

Em 1554, Duarte Coelho faleceu em Portugal, deixando o governo da capitania para seu filho primogênito Duarte Coelho de Albuquerque, ainda menor de idade.

A capitania passou a ser administrada por Dona Brites com auxílio de seu irmão Jerônimo de Albuquerque, até a maioridade de Duarte Coelho.

Nessa época, tentando se livrar da dominação lusa, os índios caetés intensificam os ataques aos portugueses, em todo o litoral, roubando-os, matando-os e até devorando-os.

Os índios foram acusados de aprisionar e devorar o bispo do Brasil, D. Pero Fernandes Sardinha. O fato desagradou a metrópole que autorizou o aprisionamento e a escravidão dos caetés.

A regente de Portugal, Dona Catarina, determinou a volta imediata do herdeiro, para assumir a defesa das lutas que vinham sendo comandadas por sua mãe, D. Brites de Albuquerque.

O segundo donatário de Pernambuco

Em 1560, acompanhado de seu irmão, Jorge de Albuquerque Coelho, o jovem donatário voltou para Olinda, assumiu o governo e organizou um exército, que seguiria para o sul da capitania sob o comando de seu irmão.

A tropa foi formada por colonos, interessados em conseguir doações de terras, as sesmarias, e por indígenas já pacificados e rivais dos caetés.

As lutas se seguiram e aos poucos as tropas iam destruindo as habitações e se apossando dos roçados, enquanto os índios iam recuando para o interior. Foi retomado o Cabo de Santo Agostinho, os vales de Ipojuca, Sirinhaém e do Una, seguindo em direção ao vale do rio São Francisco, que no ano seguinte foi explorado e povoado.

A conquista da porção meridional de Pernambuco consolidou a capitania que em 1562, facilmente expulsou os franceses que se apossaram do Recife, então um povoado de pescadores.  

Em 1567, Duarte Coelho de Albuquerque ajudou o Terceiro Governador Geral do Brasil, Mem de Sá, na luta pela reconquista do Rio de Janeiro e na destruição da França Antártica.

Em 1572, com a capitania pacificada, o Donatário voltou para o Reino, acompanhado de seu irmão, deixando a capitania sob os cuidados de sua mãe D. Brites de Albuquerque e de seu tio Jerônimo de Albuquerque.

Morte

Em Portugal, ele acompanhou os problemas da sucessão e ascensão ao trono, do jovem príncipe Dom Sebastião. Em 1578, o rei se envolveu na sucessão dos Mouros no Marrocos e leva à frente do exército, os irmãos Albuquerque.

Após desembarcar em Tanger, marcham para o interior, enfrentam o rei Mouro em Alcácer-Kibir. Durante a batalha travada no dia 4 de agosto de 1578, morrem D. Sebastião e Duarte Coelho de Albuquerque.

Sendo solteiro e sem herdeiro, a capitania passou para seu irmão Jorge de Albuquerque Coelho.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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