Francisco Solano López

Ex-presidente paraguaio
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Francisco Solano López

Francisco Solano López (1827-1870) foi presidente vitalício do Paraguai, de 1862 até 1870, quando faleceu. Educado na França de Napoleão III, adquiriu uma forte formação militarista. Durante seu governo o país foi derrotado na "Guerra do Paraguai".

Francisco Solano López (1827-1870) nasceu em Assunção, capital do Paraguai, no dia 24 de julho de 1827. Filho do presidente vitalício Carlos Antonio López. Foi educado na França de Napoleão III, frequentou a corte e adquiriu uma forte formação militarista. Aos 18 anos de idade, foi nomeado general de brigada. Casou com a irlandesa Elisa Lynch. Foi nomeado, por seu pai, Ministro da Guerra e da Marinha.

O Paraguai desde sua independência foi governado por ditadores, que procuraram se isolar dos conflitos platinos, até a morte de Carlos Antonio López e a ascensão do ditador Francisco Solano Lopez. No dia 16 de outubro de 1862, Solano López convocou o congresso para elegê-lo presidente do Paraguai, por 10 anos.

Ao assumir a Presidência paraguaia, Solano López continuou a política econômica nacionalista dos seus antecessores, que não admitia submissão ao capital estrangeiro, em especial ao capital inglês, sendo na época o país mais desenvolvido da América do Sul.

Sem o capital estrangeiro, o Paraguai conseguiu ter uma moeda extremamente forte, construiu siderurgia, fábrica de armas e de pólvora, de materiais de construção, de tecido, tinta, papel, estradas de ferro, telégrafos, entre outras. Caracterizado como uma ditadura nacionalista, a produção nacional era protegida. Solano López criou uma balança comercial favorável, concedeu terras aos camponeses, e acabou com o analfabetismo infantil.

Francisco Solano López alimentava o sonho expansionista e militarista de formar o Grande Paraguai, que abrangeria as regiões argentinas de Corrientes e Entre Rios, o Uruguai, o Rio Grande do Sul, o Mato Grosso e o próprio Paraguai. A conquista do Uruguai e do Rio Grande do Sul seria fundamental para López, porque daria ao Paraguai uma saída para o Mar e lhe libertaria do pagamento de altas taxas alfandegárias cobradas no porto de Buenos Aires.

Objetivando a expansão imperialista, Solano López instalou o serviço militar obrigatório, organizou um exército de 80 000 homens, reaparelhou a Marinha e criou indústrias bélicas.

A intervenção brasileira no Uruguai, que derrubou Aguirre e a não aceitação, por parte do Brasil, da intermediação de Solano López no conflito, foi o pretexto da "Guerra do Paraguai", que teve início em novembro de 1864, quando o presidente paraguaio mandou aprisionar o navio brasileiro Marquês de Olinda, que passava pelo Paraguai e em seguida atacou Dourados, no Mato Grosso. Com o objetivo de ganhar uma saída para o oceano Atlântico, atacou a Argentina, onde o próximo passo seria tomar o Rio Grande do Sul e o Uruguai.

No dia 1 de maio de 1865, Brasil, Argentina e Uruguai firmaram um tratado criando a "Tríplice Aliança", para se opor a López. Várias batalhas se sucederam. A Argentina e o Uruguai tiveram problemas internos e retiraram-se do conflito, deixando ao Brasil a responsabilidade de combater López.

Caxias reorganizou o Exército, mais armamentos foram comprados e as operações militares foram aperfeiçoadas. Seguiu-se uma série de vitórias e em janeiro de 1869, Assunção foi conquistada. Foi empreendida uma violenta perseguição a Solano López, a "Campanha das Cordilheiras", que terminou na batalha de Cerro-Corá, com a morte do presidente paraguaio.

Francisco Solano López morreu em Cerro-Corá, no dia 1 de março de 1870.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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