Isadora Duncan
Biografia de Isadora Duncan
Isadora Duncan (1877-1927) foi uma bailarina norte-americana, uma pioneira da dança moderna. Criou uma dança livre das técnicas do balé clássico e se apresentava com trajes esvoaçantes, cabelos soltos e pés descalços. Com 14 anos começou a dar aulas de dança.
Isadora Duncan, nome artístico de Dora Angela Duncanon, nasceu em São Francisco, Califórnia, Estados Unidos, no dia 27 de maio de 1877. Era filha do poeta Joseph Charles e da pianista e professora de música Dora Gray Duncanon, e desde cedo conviveu com a arte.
Infância e adolescência
Desde a sua infância a dança foi uma constante, dançava acompanhada ao piano por sua mãe. Aos seis anos ensinava dança às crianças da vizinhança. Chegou a abandonar os estudos e, junto com sua irmã Elizabeth, passou a lecionar dança.
Isadora mudou-se para Chicago e posteriormente para Nova Iorque, onde sua maneira de dançar, vestida com uma túnica leve, com os pés descalços e tendo como cenário apenas uma cortina, não despertou o entusiasmo do público.
Carreira na Europa
Aos 17 anos, buscando reconhecimento, mudou-se com a família para a Europa. Apresentou-se nas festas da alta sociedade de Londres, visitou os museus e admirou-se com as figuras dançantes desenhadas nos vasos gregos.
Em 1902, com 21 anos, fez sua estreia no Teatro Sarah Bemhardt, em Paris, onde sua fama consolidou-se. Sua arte inspirou os maiores artistas plásticos da época, como Auguste Rodin e Bourdelle.
Em 1904 fixou residência na Grécia, para onde levou seus irmãos Elizabeth e Raymond. Juntos planejavam criar um templo-escola de adoração à dança dionisíaca, mas o projeto não se realizou.
Isadora esteve em Viena, na Áustria, onde apresentou As Suplicantes, de Ésquilo, com um coro de crianças gregas.
Seu ideal de fundar uma escola que educasse através da arte se concretizou quando fundou sua escola de dança, em Grünewald, subúrbio de Berlim, para crianças de classes mais pobres.
Foi convidada por Cosima Wagner para coreografar e interpretar o Bacanal de Tannhauser, no Festival de Bayreuth, na Alemanha.
Em 1905 esteve em Moscou, quando frequentou os meios de dança acadêmica e entrou em contato com os artistas em fase de pesquisas.
Seu trabalho chamou a atenção de destacados bailarinos russos, como Anna Pavlova, Kschessinska, Stravinsky e outros. Mais tarde, também montou uma escola na Rússia.
Em 1908 foi para Nova Iorque onde apresentou o espetáculo Ifigênia, de Gluck. Em seguida retornou para Paris.
Vida pessoal e filhos
Isadora Duncan passou a viver com o coreógrafo inglês Gordon Graig, com quem teve seu primeiro filho.
Depois de separada, viveu com o milionário francês Eugéne Singer, com quem teve o segundo filho. Em 1913 perdeu seus filhos em um acidente trágico, quando o carro em que estavam caiu no rio Sena.
Depois da morte dos filhos e com a eclosão da Primeira Guerra, Isadora retirou-se temporariamente de cena.
Em 1919, Isadora realizou uma excursão pela América do Sul, apresentando-se no Brasil, Argentina e Uruguai. Em 1920 foi para Moscou.
Em 1922 casou-se com o poeta soviético Serguei Iessenin. Com um temperamento tempestuoso, em 1925 seu marido se suicidou.
Características da dança de Isadora Duncan
Precursora da dança moderna, ainda adolescente, Isadora começou a criar um estilo de dança que iria revolucionar o panorama da dança do espetáculo e quebrar todas as convenções do balé clássico.
Sua técnica tinha como base os movimentos naturais do corpo, como o andar, correr e saltar, levando improvisação e espontaneidade para sua arte, que se tornaram as principais características do seu modo de dançar.
Inspirada nas roupas da Grécia Antiga, Isadora usava trajes drapeados e esvoaçantes. Como cenário, usava apenas uma cortina azul.
Com cabelos soltos e pés descalços, livre das tradicionais roupas do balé clássico como as meias e as sapatilhas de ponta, provocou uma verdadeira revolução no panorama da dança de espetáculo.
A bailarina trabalhava com músicas não convencionais para a dança da época, como peças de Frédéric Chopin e Richard Wagner.
Morte
Depois da morte de seu marido, Isadora Duncan mudou-se para a França onde, em 1927, morreu estrangulada, quando, viajando em carro aberto, a echarpe que trazia no pescoço se enrolou numa das rodas do automóvel, que ela dirigia em alta velocidade na Riviera Francesa.
Isadora Duncan faleceu em Nice, na França, no dia 14 de setembro de 1927.
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