Marquês de La Fayette

General e estadista francês
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Marquês de La Fayette

Marquês de La Fayette (1757-1834) foi um general e estadista francês. Ficou conhecido como o “herói dos dois mundos”, por ter participado de duas grandes revoluções do século XVIII – a Guerra da Independência Americana e a Revolução Francesa.

Marquês de La Fayette (1757-1834), título de nobreza de Marie-Joseph Paul Yves Gilbert du Motier, nasceu no castelo de Chavaniac, na França, no dia 6 de setembro de 1757. Filho de Michel Louis Christophe Roch Gilbert Paulette du Motier, Marquês de La Fayette, de quem herdou o título, e de Marie Jolie da Riviere.

Marquês de La Fayette ingressou na carreira militar e em 1777 viajou como tenente para os Estados Unidos, como voluntário e comandante das tropas revolucionárias da América do Norte, para lutar contra os ingleses. Devotou sua vida à Revolução Americana durante a guerra da independência. Se distinguindo em várias batalhas e recebeu a patente de general.

Em 1779, em meio à guerra, voltou à França em busca de reforços. Retornou com 6 mil soldados para lutar ao lado dos colonos. Em 1781 La Fayette conheceu a glória quando derrotou o comandante inglês, Lorde Cornwallis, em Yorktown, na Virgínia, e pôs fim ao domínio britânico.

Em 1782 La Fayette voltou para a França e passou a se envolver na vida política. Juntou-se ao grupo de nobres menores, constituído por aqueles que exerciam cargos jurídicos e por oficiais do exército, chamados de “nobreza de toga e espada”. Embora a maioria dos militares seguisse os interesses gerais de sua ordem, alguns sentiam a necessidade de proceder a uma reestruturação do país, aceitando a formação de uma monarquia constitucional.

Em 1789 foi eleito para a assembleia dos nobres para tentar ajudar a resolver os problemas da crise fiscal francesa. La Fayette organizou uma reunião da Assembleia dos Estados Gerais – formado pelo clero, a nobreza e o resto da nação. Foi eleito vice-presidente da comissão que elaborou a redação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que expressava os ideais da Revolução Francesa.

Como soldado da Revolução Francesa, não se ajustou em nenhuma facção. Foi nomeado comandante-chefe da Guarda Nacional Francesa, mas desentendeu-se com Luís XVI e impediu a fuga do monarca. Durante os conflitos, ordenou que a tropa disparasse contra os manifestantes sendo então perseguido pelos jacobinos. Depois, ao discordar dos republicanos, fugiu para a Holanda. Chegou a ser preso pelos austríacos, quando passou cinco anos na prisão.

Voltou à França em 1815, na reestruturação da monarquia, e integrou as fileiras da oposição. Em 1824, convidado pelo presidente James Monroe, foi para os Estados Unidos, quando visitou os diversos Estados. Em 1830 participou da Terceira Revolução que contribuiu com a queda de Carlos X e a ascensão ao trono de Luís Filipe. Ligou-se à oposição, votando ao lado dela até sua morte.

Marquês de La Fayette faleceu em Paris, França, no dia 20 de maio de 1834.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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