Juan Manuel de Rosas
Biografia de Juan Manuel de Rosas
Juan Manuel de Rosas (1793-1877) foi um político e militar argentino que impôs, durante mais de vinte anos, uma ditadura inflexível que deu nome a um período da história do país: a Época de Rosas. Ambicionava formar a Grande Argentina, incorporando os territórios dos países vizinhos.
Juan Manuel de Rosas nasceu em Buenos Aires, no dia 30 de março de 1793. Filho de León Ortiz de Rosas, neto de imigrante espanhol, e de Agustina López de Osorino, proprietários de grandes fazendas de gado do país.
Juan Manuel de Rosas fez seus estudos primários na capital, as passou a maior parte da infância no campo. Com 15 anos alistou-se no Exército como voluntário para enfrentar a segunda invasão britânica na Argentina.
Em seguida, retirou-se para o campo e se tornou um grande proprietário dos Pampas, organizando em sua estância um exército pessoal para combater os índios.
A Argentina vivia momentos críticos com os enfrentamentos civis entre o partido dos unitários e os federalistas que lutavam pela separação de Buenos Aires das demais províncias argentinas.
Rosas auxiliou o governador de Buenos Aires, Manuel Dorrego, a sufocar uma revolta em 1820. Em consequência, foi nomeado coronel de cavalaria e, mais tarde, comandante geral de campanha.
Em 1828, quando Dorrego foi deposto e executado pelos unitários, Rosas fez oposição ao novo governador, Juan Lavalle e, organizou um levantamento popular que saiu vitorioso.
Governador
No dia 5 de dezembro de 1828, Juan Manuel de Rosas se fez proclamar governador de Buenos Aires como chefe do Partido Federalista. No entanto, as províncias do interior continuavam defendendo Lavalle.
Em 1831, depois de capturar o general unitário, José Maria Paz, a Liga Unitária do Interior foi derrotada. A Argentina voltou a ser unificada e passou a ser também controlada pelos federalistas, Estanislau Lópes e Facundo Quiroga.
Entre 1828 e 1832, Rosas exerceu o poder como governador de Buenos Aires, porém renunciou ao cargo por não lhe ser outorgado os poderes absolutos que desejava. Delegou o cargo a Juan Ramón Balcarce, homem de sua confiança.
Poderes ditatoriais
Juan Manuel Rosas continuou dominando a situação como comandante e chefe do exército. Em 1835, participou de uma conspiração que derrubou Balcarce e reassumiu o governo da província, agora com plenos poderes.
Com o apoio dos franceses, o utilitarista Lavalle organizou um exército que avançou por Buenos Aires. No entanto, depois de conseguir um tratado com a França, pode reconquistar o interior e nomeou governantes federalistas.
Embora se declarasse federalista, era de fato centrista e governou com poderes ditatoriais durante 17 anos. Suprimiu a liberdade de imprensa e dissolveu o poder legislativo. Sua política reprimiu a oposição e poucos se opunham ao seu governo.
Rosas mandou colocar seu próprio retrato em lugares públicos e igrejas, como símbolo de seu poder supremo. Organizou o Partido Restaurador Apostólico e manteve o país em uma perene cruzada contra os unitários, exterminando seus inimigos.
Rosas aspirava a criação de uma grande Argentina com a reconquista dos antigos territórios do vice-reino da Prata. Interveio nos conflitos internos do Uruguai, apoiando o conservador Manuel Oribe contra o liberal José Rivera.
Entrou em conflitos com o Chile e a Bolívia. Em 1841, declarou guerra ao Uruguai. O Reino Unido e a França bloquearam o porto de Montevidéu e fecharam as rotas do comércio, porém, em 1847 as grandes potências encerraram as hostilidades.
Finalmente uma coalizão de brasileiros, uruguaios e argentinos, liderados por Justo José Urquiza, governador de Entre Rios, derrotou Rosas na batalha de Caseros, em 1852.
Exílio e morte
Quando se viu derrotado definitivamente, foi ao governo inglês que o ditador pediu exílio. Em 1857, Rosas foi julgado e condenado a morte, à revelia, pelo Senado e Câmara de Representantes Argentinos. Porém, passou os últimos vinte anos de sua vida no exílio.
Juan Manuel de Rosas faleceu de causas naturais, em Southampton, Inglaterra, no dia 14 de março de 1877.
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