Marco Antônio
Biografia de Marco Antônio
Marco Antônio (83 a.C.-30 a.C.) foi um militar, estrategista e Cônsul romano. Protagonizou junto com a rainha egípcia Cleópatra uma história de amor que posteriormente inspirou obras literárias e cinematográficas.
A influência de Júlio César garantiu a Marco Antônio o avanço rápido em sua carreira política. Foi questor, cônsul e um dos últimos governantes do Segundo Triunvirato da República romana
Marco Antônio nasceu em Roma, Itália, em 14 de janeiro de 83 a.C. Membro de uma família patrícia, era filho do militar Marco Antônio Crético e neto do político Marco Antônio Orador, que foi assassinado pelo político Caio Mário durante a tomada de Roma em 87 a.C. Sua mãe Júlia Antônia era prima distante de Júlio César.
Contexto histórico a Monarquia e a República romana
Durante o governo dos três últimos reis de Roma, que eram etruscos, o poder político dos patrícios declinou. A aproximação dos reis com os plebeus descontentava os patrícios e, por isso, os senadores romanos começaram a conspirar para derrubar a monarquia e recuperar o controle político de Roma.
Em 509 a.C. os senadores depuseram o último rei e o expulsaram da cidade. Era o fim da monarquia (753 a.C. a 509 a.C.) e o início do período republicano que durou de 509 a.C.até 27 a.C. Os primeiros séculos da República romana foram marcados pela luta de classe entre patrícios e plebeus.
Os patrícios lutavam para preservar privilégios e defender seus interesses políticos e econômicos, mantendo os plebeus sob sua dominação. O regime republicano foi o resultado da mistura de elementos monárquicos (Magistraturas), aristocráticos (Senado) e democráticos (Assembleias).
O período entre os anos de 133 a.C. a 27 a.C. foi um dos mais conturbados da história romana, quando sucessivas guerras conduziram à desintegração da República. Nesse período, destacam-se as tentativas de reforma dos irmãos Graco e os governos de Mário e Sila.
Com a morte do general Sila em 78 a.C., e diante das diversas lutas pelo poder, formou-se em Roma, em 60 a.C., o Primeiro Triunvirato composto pelos generais Pompeu, Crasso e Júlio César. Os três juntos, com o apoio do exército, assumiram o comando de Roma e reduziram o poder do Senado. O triunvirato dominou o cenário político romano durante dez anos.
Juventude e carreira militar de Marco Antônio
Após a morte de seu pai em 71 a.C., sua mãe casou-se com Publio Cornélio, um membro da antiga nobreza patrícia. Em 63 a.C., Cornélio foi morto por ordem do Cônsul Cícero, por seu envolvimento na Segunda Conspiração de Catilina um complô para encerrar o consulado de Cícero e Caio Antônio.
Depois de uma juventude rebelde, em 57 a.C. Marco Antônio entrou para o serviço militar e fez uma brilhante carreira em campanhas na Palestina e no Egito. Tornou-se um dos principais auxiliares de seu primo Júlio César a quem ajudou na conquista da Gália (atual França).
Carreira política
A influência de César garantiu a Marco Antônio o avanço rápido na política. Em 51 a.C. foi designado questor, cargo de administração financeira que lhe garantiu um lugar no Senado.
Em 49 a.C. foi deflagrada a guerra civil entre os partidários de Pompeu e César. Marco Antônio tornou-se tribuno do povo, com a função de defender os plebeus da ação arbitrária dos magistrados.
Após a morte do general Crasso em uma guerra na Ásia, o Senado e Pompeu conspiraram para derrubar Júlio César, ausente de Roma por estar governando a Gália. Ao ser informado da conspiração, César e seu exército marcharam sobre Roma. Vencidas as tropas de Pompeu, César tornou-se ditador vitalício em 47 a.C.
No mesmo ano, César foi ao Egito, quando depôs Ptolomeu XIII em favor de sua irmã Cleópatra. A então rainha tornou-se sua amante e deu-lhe um filho Cesarião. Esses atos consolidaram o controle de César sobre o reino.
Em 15 de março de 44 a.C. Júlio César foi assassinado a punhaladas nas dependências do Senado. Entre os assassinos estava Cássio e seu filho adotivo, Brutus. Os assassinos não conseguiram tomar o poder nem restaurar o poder do Senado que havia sido anulado por César. No mesmo ano, Marco Antônio foi nomeado cônsul.
Em 43 a.C., para garantir a fidelidade, Marco Antônio casou-se com Otávia, irmã de Otávio Augusto, sobrinho neto de César. Junto com o chefe da cavalaria, Lépido, fizeram um acordo com Otávio. Desse acordo formou-se o Segundo Triunvirato. Com poderes absolutos, os três dividiram o governo da República: Otávio ficou com o Ocidente, Marco Antônio, com o Oriente e Lépido com a África.
As disputas e as rivalidades entre os três governantes pela supremacia do poder geraram mudanças no triunvirato. Lépido foi afastado, recebendo apenas o cargo de sumo sacerdote.
Marco Antônio e Cleópatra
Em 36 a. C. Marco Antônio separou-se de Otávia para casar-se com Cleópatra, última rainha do Egito ptolomaico e tratou de estabelecer um reino helenístico próprio do Mediterrâneo Oriental. Juntos expandiram seus domínios conquistando a Armênia em 39 a.C.
A guerra entre Antônio e Otávio tornou-se inevitável. Enquanto Marco Antônio estava em campanha militar fora de Roma, Otávio apoderou-se de seu testamento e descobriu que ele havia nomeado Cleópatra como herdeira. Ela também era regente do filho que tivera com Júlio César, Cesarião, portanto igualmente herdeiro.
Tendo o testamento como pretexto, Otávio Augusto partiu para combater Marco Antônio. Em Accio, perto da Grécia, Antônio foi derrotado e fugiu com Cleópatra para o Egito. Augusto os seguiu e quando suas tropas entraram em Alexandria, Marco Antônio e Cleópatra se suicidaram. Era o ano 30 a.C.
O Egito foi anexado a Roma e Otávio tornou-se senhor absoluto do mundo romano. Ao atribuir tantas glórias a Otávio, a República romana chegou ao fim, e Otávio Augusto tornou-se o primeiro imperador romano.
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