Pedro de Araújo Lima

Político brasileiro
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Pedro de Araújo Lima

Pedro de Araújo Lima (1793-1870) foi político brasileiro. O Marques de Olinda. Exerceu importantes cargos públicos. Foi Senador, Regente, Ministro do Império, Ministro da Justiça, Ministro da Fazenda e dos Estrangeiros, Presidente do Conselho de Ministros e Conselheiro do Estado.

Pedro de Araújo Lima (1793-1870) nasceu no engenho Antas, Serinhaém, Pernambuco, no dia 22 de dezembro de 1793. Filho de Manuel de Araújo Lima e Ana Teixeira Cavalcanti, família importante que se instalou na província desde o período colonial. Estudou humanidades em Olinda. Em 1813, seguiu para Portugal, onde estudou na Universidade de Coimbra, graduando-se em Direito em 1816.

Em 1821, como representante de Pernambuco, fez parte das cortes portuguesas, concordou em assinar a Constituição, considerada perigosa aos interesses do Brasil. Quando regressou ao Brasil, no dia 30 de abril de 1823, já estava eleito para a Assembléia Constituinte convocada por D. Pedro I.

Foi nomeado Ministro do Império, do 10º gabinete, permanecendo no cargo de 15 de novembro de 1827 a 15 de junho de 1828. Ocupou o cargo de Deputado por duas legislaturas, foi Presidente da Câmara dos Deputados. Foi Senador escolhido pelo Imperador em 1837, numa lista tríplice, apesar de ter sido o menos votado.

No período da Regência, com a renúncia de Feijó, Araújo Lima conseguiu se eleger regente interino em 18 de setembro de 1837 e em seguida, efetivo em 22 de abril de 1838. Como a maioridade do imperador só seria atingida em 1843, aos 18 anos, Araújo Lima passaria cinco anos usufruindo de grande poder. Mas no dia 23 de julho de 1840, a constituição foi violada e a maioridade do imperador proclamada. Na coroação de D. Pedro II, em 1841, Araújo Lima recebeu o título de Visconde de Olinda e em 1854 foi elevado para Marques.

Político com idéias conservadoras e grandes habilidades, mantinha fortes ligações com o poder. Foi chefe de gabinete por quatro vezes. Na primeiro enfrentou a reação da Câmara, favorável aos liberais, e a dissolveu, sendo realizadas eleições que resultaram na maioria liberal. Em 1857 o país já se beneficiava com a modernização econômica, com a implantação de ferrovias e telégrafo. Em 1862 foi regulamentada a navegação no rio Amazonas, por embarcações brasileiras e peruanas.

Apesar de pernambucano viveu quase toda sua vida no Rio de janeiro. Foi oito vezes ministro de várias pastas, conselheiro de Estado durante 27 anos, Oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro, da Ordem da Rosa, Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial, detentor da Grã-Cruz da Ordem de Cristo do Brasil e da de Santo Estevão na Hungria, da Legião de Honra da França, a de São Maurício e São Lázaro na Itália, além da de N. S. de Guadalupe do México. Foi também sócio fundador do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil.

Pedro de Araújo Lima faleceu no Rio de Janeiro, no dia 7 de junho de 1870.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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