F. W. Murnau

Cineasta alemão
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de F. W. Murnau

F. W. Murnau (1879-1931) foi um cineasta alemão, figura relevante do expressionismo no cinema. Revolucionou a criação do filme ao concebê-lo como obra dinâmica e usar a câmera para interpretar estados emocionais dos personagens.

Friederich Wilhelm Plumpe, conhecido como F. W. Murnau nasceu em Bielefeld, Alemanha, no dia 28 de dezembro de 1889.

Murnau estudou filosofia, literatura, música, e história da Arte nas universidades de Heidelberg e Berlim.

Por volta de 1910 frequentou a escola de arte dramática de Max Reinhardt, que exerceu grande influência em seu estilo cinematográfico.

Durante a Primeira Guerra Mundial ele colaborou com filmes de propaganda e só mais tarde iniciou sua carreira de diretor.

Em 1919, chegou ao cinema com dois filmes produzidos pelo ator Ernst Holfmann: “A Criança de Azul” e “Satanás”.

Seu terceiro filme, “O Corcunda e a Dançarina” foi o primeiro de sua associação com o roteirista Carl Mayer.

Com os filmes, “A Cabeça de Jesus” (1920), “O Médico e o Monstro” (1921) e “O Castelo do Fantasma”, Murnau começou a desenvolver um estilo expressionista.

Seu primeiro filme importante foi “Nosferatu” (O Vampiro), um clássico do terror que incorpora inovações técnicas e efeitos especiais, como a imagem em negativo de árvores brancas sobre o céu negro.

f. w. murnau

Com o roteiro de Carl Meyer dirigiu “A Última Gargalhada” (1924) que firmou a reputação de Murnau como grande cineasta.

Seus últimos filmes alemães são adaptações de clássicos: “Tartuffe”, de Molière, que se destacou pela recriação ambiental, e “Fausto” (1926), em que a luta entre o bem e o mal é tratada com lirismo e dinamizada pelos elaborados movimentos de câmera.

Em 1926, Murnau foi chamado para Hollywood onde começou bem sua carreira norte-americana com o clássico “Sanrise” (Aurora), tirando excelente rendimento de um roteiro de Carl Mayer, construído quase musicalmente.

Seus dois filmes seguintes, “Four Devils” e “Our Daily Bread” (1929) sofreram com a transição para o cinema sonoro e a interferência dos produtores.

Murnau fez sua despedida do cinema com um filme que viria a ser apontado como um dos momentos culminantes da cena muda. Associado ao documentarista Robert Flaherty, com ele escreveu e dirigiu “Tabu” (1931, apresentando a civilização primitiva da Taiti, sua beleza e sua tragédia.

Dias antes de lançar “Tabu” F. W. Murnau faleceu em um acidente de automóvel em Hollywood, em 11 de março de 1931.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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