Papa Leão XIII
Biografia de Papa Leão XIII
Papa Leão XIII (1810-1903) foi Papa da Igreja Católica entre os anos de 1878 e 1903. Seu pontificado foi marcado pela diplomacia e conciliação. Lançou as bases da doutrina social da Igreja.
Vicenzo Gioacchino Pecci nasceu em Carpineto Romano, nos Estados Pontifícios, em 2 de março de 1810. Era o sexto filho de uma família nobre.
Vicenzo estudou em Viterbo e em Roma. Completou sua formação na Academia de Nobres Eclesiásticos em Roma. Em 1837 ordenou-se e ingressou no serviço diplomático dos Estados Pontifícios.
Em 1843 foi designado núncio apostólico em Bruxelas e, pouco depois, sagrou-se arcebispo. Em razão de conflitos com o rei da Bélgica, foi exonerado e designado bispo da pequena diocese de Perugia.
Em 1853, Vicenzo tornou-se cardeal. Enfrentou o isolamento imposto por Roma e dedicou-se à reorganização de sua diocese e à formação do clero. Permaneceu em Perugia durante 32 anos.
O cardeal Vicenzo realizou duas importantes pastorais entre 1877 e 1878, quando debateu a renovação da filosofia cristã e as relações entre a Igreja e a sociedade moderna. Os frutos de seu trabalho ultrapassaram as fronteiras da Itália.
Em 1877 foi nomeado Camerlengo, administrador da Igreja na eventualidade do falecimento do papa.
Pontificado
Em 1878, com a morte do Papa Pio IX, Vicenzo foi eleito seu sucessor e escolheu o nome de Leão XIII. Tinha 68 anos de idade e uma saúde frágil, motivo pelo qual se esperava que seu pontificado fosse breve.
Contra essa expectativa, o Papa Leão XIII dirigiu a Igreja por 25 anos. Durante esse período manteve diálogo aberto com a Alemanha de Guilherme II, França, a Suíça e a Prússia e favoreceu a expansão do catolicismo nos Estados Unidos.
Restabeleceu a autoridade moral da Igreja e também renovou o diálogo com não católicos, como demonstrou em seu interesse em vincular a Igreja Anglicana a Roma e o respeito pelas tradições das igrejas oriental.
Encíclicas
O ponto mais importante do pontificados de Leão XIII foi talvez suas encíclicas que despertaram atenção universal por expressarem quase sempre problemas sociais:
Immortali Dei de 1885, na qual definiu o Estado moderno, sublinhando que não somente a Igreja, mas também o Estado devia sua origem a Deus.
In Plurimis, de 5 de 5 de 1888, que versa sobre a abolição da escravidão no mundo (dirigida de modo particular aos bispos do Brasil).
De Conditione Opificium, conhecida como Rerum Novarum, de 15 de 5 de 1891, que denunciou os excessos do capitalismo e a concentração do capital evocando os direitos dos trabalhadores de exigirem justo salário.
Primeiro Papa moderno
Leão XIII subiu ao trono como um papa da diplomacia e da conciliação, no entanto, com relação à Questão Romana, não viu seu desejo máximo ser realizado, a restauração dos Estados Pontifícios.
Leão XIII respeitou a posição de seu antecessor o Papa Pio IX, e igualmente considerou-se prisioneiro do Vaticano.
Além da habilidade política e diplomática, Leão XIII percebeu que era necessário adaptar a Igreja aos novos tempos.
Leão XIII manifestou interesse pelo progresso da ciência e incentivou essa atitude em toda a Igreja e abriu os arquivos da grande biblioteca do Vaticano à Pesquisa histórica. Foi considerado o primeiro papa moderno.
Leão XIII faleceu em Roma, o dia 20 de julho de 1903. Foi sucedido pelo Papa Pio X.
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