Rafael Sanzio

Pintor italiano
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Rafael Sanzio

Rafael Sanzio (1483-1520) foi um pintor italiano, uma das grandes expressões do Renascimento. Mestre da pintura e arquitetura da Escola de Florença, é considerado um dos maiores pintores do Renascimento juntamente com Leonardo da Vinci e Michelangelo.

Raffaello Sanzio, conhecido como Rafael, nasceu em Urbino, então capital do ducado do mesmo nome, na Itália, no dia, no dia 06 de abril de 1483. Filho do pintor e humanista Giovanni Sant, homem culto e bem relacionado com a corte do duque Federico de Montefeltro, que encorajava todas as formas artísticas e transformou Urbino em um verdadeiro centro cultural.

Rafael Sanzio recebeu do pai as primeiras lições de pintura. Após a morte do pai, em 1494, Rafael foi para Perugia, onde aprendeu com Pietro Perugino a técnica do afresco. Rapidamente superou seu mestre. Em 1502, com 19 anos, concluiu o afresco para o “Retábulo Baronci”, na igreja de São Nicolau de Tolentino.

Em 1504, Sanzio realizou sua primeira obra de destaque, Casamento da Virgem, para a igreja de S. Francisco na Città di Castello. A influência de Perugio evidencia-se na perspectiva e na relação proporcional entre as figuras.

rafael sanzio
Casamento da Virgem (1504)

Em 1504, Rafael foi para Florença, atraído pelos trabalhos que estavam sendo realizados no Palazzo dela Signoria, por Leonardo da Vinci e Michelangelo. Sob a influencia de Da Vinci, sua obra tornou-se mais sofisticada, absorveu a estética renascentista e executou diversas madonas, entre elas: Madona do Prado, Madona Esterházy e A Bela Jardineira.

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Madona do Prado (1506)
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Madona Esterházy (1507)
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A Bela Jardineira (1508)

Rafael fez uso das grandes inovações introduzidas na pintura de Da Vinci como o claro-escuro, contraste de luz e sombra que empregou com moderação, e o esfumado, sombreado levemente batido em vez de traços para delinear as formas.

Em seguida, Rafael Sanzio foi para a cidade de Siena, onde pintou afrescos na Biblioteca Piccolomini da Catedral de Siena. Ainda em 1508, foi convidado por Bramante, seu amigo e arquiteto do Vaticano, para ir à Roma trabalhar para o papa Júlio II.

Nos 12 anos que permaneceu em Roma, Rafael Sanzio entregou-se à realização de uma encomenda papal de grande prestígio: a decoração com afrescos de vários recintos (stanzas) do Vaticano.

No primeiro deles, A Stanza della Segnatura, Rafael pintou Disputa ou Discussão do Santíssimo Sacramento e Escola de Atenas - uma das mais famosas pinturas renascentistas onde o pintor representa o encontro dos grandes filósofos da antiguidade, ao redor de Aristóteles e Platão.

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Disputa (1510)
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Escola de Atenas (1511)

Rafael pintou outros três recintos: “Stanza di Heliodoro”, “Stanza dell Incendio di Borgo” e a Stanza di Constantino.

Rafael
Stanza di Constantino 

Em 1512, Rafael recebeu a encomenda do papa Júlio II para pintar a Madona Sistina, para a igreja de São Sisto, em Placência. Após a morte do papa Júlio II, Rafael continuou trabalhando para o sucessor, o papa Leão X. Contava com a ajuda de diversos discípulos e assumiu ao mesmo tempo numerosas tarefas: pintou retratos, altares, cartões para tapeçarias, cenários teatrais e projetos arquitetônicos de igrejas como a de Sant’ Eligio degli Orefici, em Roma.

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Madona Sistina (1512)

Após a morte do papa Júlio II, em 1513, a decoração dos aposentos pontifícios continuou sob o novo papa, Leão X, até 1517. Apesar da grandiosidade do empreendimento, as últimas partes foram pintadas pelos discípulos de Rafael.

Rafael assumiu ao mesmo tempo numerosas tarefas: pintou retratos, altares, cartões para tapeçarias, cenários teatrais e projetos arquitetônicos de igrejas como a de Sant’ Eligio degli Orefici, em Roma.

Em 1514, com a morte de Bramante, Rafael foi nomeado para suceder-lhe como arquiteto do Vaticano e assumiu as obras da basílica de São Pedro, onde substituiu a planta em cruz grega pela cruz latina. Assumiu também a decoração das galerias do Vaticano. Sua última pintura foi Transfiguração, encomendada em 1517 e concluída em 1520, que se desvia de seu estilo e apresenta traços da expressão barroca.

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Transfiguração (1520)

Rafael Sanzio faleceu em Roma, Itália, no dia 6 de abril de 1520. Seu corpo foi sepultado no Panteão de Roma, coberto de honrarias. Foi o único artista do Renascimento que conheceu, em vida, uma consagração tão intensa.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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