Eugéne Delacroix

Pintor francês
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Eugéne Delacroix

Eugène Delacroix (1798-1863) foi um dos maiores pintores românticos franceses. Dedicou-se também ao mural, sendo consagrado como o último grande muralista de tradição barroca.

O uso peculiar que fez da cor abriu caminho para os grandes mestres impressionistas e pós-impressionistas, entre eles Claude Monet, Paul Cézanne, Paul Gauguin e Pablo Picasso.

Ferdinand-Victor-Eugène Delacroix nasceu em Charenton Saint Maurice, no dia 26 de abril de 1798. Começou seus estudos de pintura em 1813 na École des Beaux-Arts, no atelier de Pierre-Narcisse Guérin, renomado artista acadêmico.

Logo se ligou aos românticos, como os pintores Thódore Géricault e Richar Bonington, o compositor Frèdéric Chopin e a escritora George Sand.

Carreira e obras de Delacroix

Sob a influência de Géricault, Delacroix expôs no Salão de 1822 sua primeira obra Dante e Virgílio no Inferno ou A Barca de Dante, inspirada em uma passagem do livro de Dante Alighieri, a Divina Comédia. A obra provocou críticas, mas também elogios.

No Salão de 1824 apresentou O Massacre de Quios, narrando episódios dramáticos da guerra da independência da Grécia contra a Turquia. A obra causou polêmicas pelo tema e estilo, pois representava uma ruptura com o estilo neoclássico que imperava na França. Em 1828 refez a tela, separando as pinceladas e avivando o colorido

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Dante e Virgílio nos Infernos (1822)
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O Massacre de Quios (1824)

Com a obra A Morte de Sardanápalo (1827), de composição extremamente movimentada e com cores vivas, e com A Liberdade Guiando o Povo (1830) (Museu do Louvre, Paris), uma celebração da revolução naquele ano, Delacroix atingiu a plenitude de seu estilo, ao conseguir o domínio da cor sobre o traço. Passou a ser considerado o chefe da escola romântica francesa de pintura.

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A Morte de Sardanápalo (1827)
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A Liberdade Guiando o Povo ( 1830)

Entre janeiro a julho de 1832, Delacroix esteve no Marrocos como membro de uma delegação francesa. Seduzido pelo exotismo e pela luminosidade do país, ele executou uma série de desenhos e aquarelas sobre os costumes pitorescos do povo, que mais tarde aproveitou em suas telas como em Mulheres de Argel (1834).

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Mulheres de Argel (1834)

Também em 1834, Delacroix apresentou a tela O Prisioneiro de Chillon, baseada no poema de Lord Byron, publicado em 1816, inspirado na história de Francois Bonivard, que esteve encarcerado no Castelo de Chillon, na Suíça.

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O Prisioneiro de Chillon (1834)

Eugène Delacroix executou também uma série de murais para decorar o Salão do Rei Luís Felipe I no Palácio Bourbon (1836) e a biblioteca do Palácio de Luxemburgo (1849-1861). Um de seus maiores murais é o da "Capela dos Anjos da igreja de Saint-Sulpice (1849-1861)". Especialmente no quadro que representa Jacó em Luta Com o Anjo, obra que o consagraria como o último grande muralista de tradição barroca.

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Jacó em Luta Com o Anjo 

Sua obra mais madura, apresenta pinceladas vigorosas, e separadas, sua cor em tons dourados, sua composição barroca lembra Paul Rubens e Paolo Veronese, mas conservando sua originalidade, como em Entradas dos Cruzados em Constantinopla (1854).

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Entrada dos Cruzados em Constantinopla (1854)

Apesar de sua popularidade entre os intelectuais jovens, de seu sucesso com o público e do apoio do governo, ainda era hostilizado pelos neoclássicos, que só lhe autorizaram entrar no Institut de França em 1857.

As últimas obras de Delacroix continuaram com os temas e a estética do Romantismo, mas de maneira ainda mais exaltada, como nas obras: A Caça ao Leão (1859) Cavalo Atacado Por Uma Pantera (1860).

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A Caça ao Leao (1859)

Delacroix passou seus últimos anos de vida recluso em seu atelier (hoje, Maison de Delacroix), onde morreu. Não deixou uma escola, mas os impressionistas e os neoimpressionistas sofreram sua influência.

Eugène Delacroix faleceu em Paris, França, no dia 13 de agosto de 1863.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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