Fernando II de Aragão
Biografia de Fernando II de Aragão
Fernando II de Aragão (1452-1516) foi rei da Espanha, reinou como Fernando II em Aragão, em Nápoles e na Sicília, e como Fernando V em Castela e Leão. Foi também Conde de Barcelona. Fernando e Isabel, os Reis Católicos, unificaram os reinos espanhóis e projetaram a Espanha na história do século XVI.
Fernando II de Aragão, o Católico, ficou conhecido por sua competência, mas também por sua crueldade ao instalar um Tribunal da Inquisição em Castela, com o propósito de exterminar os não católicos ou qualquer outros indivíduos que colocassem em perigo os seus poderes.
Fernando II de Aragão nasceu em Sos, no reino de Aragão, no dia 10 de março de 1452. Era filho de João II, rei de Aragão, com sua segunda mulher Joana Henriquez. Seu meio irmão Carlos, filho do primeiro casamento de seu pai, era o herdeiro legítimo do trono.
Guerra civil catalã
No século XV não havia um país chamado Espanha, só havia pequenos reinos independentes que lutavam entre si: Aragão, Castela e Leão, Navarra e Granada (ocupada pelos árabes). Fernando tinha o objetivo de alcançar plenos poderes políticos, prestígio e influência.
Durante anos, seu pai o rei João II, conde de Barcelona, teve um sério conflito com seu filho Carlos, príncipe de Viana e herdeiro do reino de Navarra, herança estabelecida por sua mãe Blanche. Em 1460 as instituições catalãs rebeldes resolveram apoiar Carlos, e o Conselho o proclamou o herdeiro da Catalunha.
Em 1461 a morte suspeita de Carlos desencadeou uma guerra civil que envolveu as províncias de Barcelona, Girona, Lérida, Tarragona, entre outras, que começou em 1462 e só terminou em outubro de 1472, quando Barcelona caiu nas mãos do rei de Aragão, João II.
Com a morte de Carlos, Fernando passou a ser o herdeiro da coroa de Aragão. Em 1462 foi nomeado General da Catalunha e tomou parte ativa na guerra. Em 1468 tornou-se rei da Sicília, dominada pelos aragoneses desde 1282.
Casamento de Fernando de Aragão com Isabel de Castela
Com o objetivo de consolidar sua posição política, João II de Aragão usou toda a sua habilidade para conseguir o casamento de seu filho Fernando com sua prima Isabel de Castela,a herdeira do trono de Castela.
O casamento de Fernando e Isabel foi acordado e celebrado secretamente em Valladolid, no dia 19 de outubro de 1469. No dia seguinte, o rei Henrique IV, irmão de Isabel, resolveu deserdar Isabel e nomear como herdeira a sua filha Joana, que todos diziam ser filha de Beltran de La Cueva, amante de sua mulher.
Em 1474, com a morte de Henrique IV de Castela, um setor da nobreza proclamou Isabel a rainha de Castela, porém, seus direitos foram contestados pelo rei Afonso V de Portugal, marido de Joana de Castela, o que deu início a uma sangrenta guerra civil.
Apesar da ajuda do monarca português à Joana, o conflito se encerrou em favor de Isabel, em 1476, com a vitória de Fernando na batalhas de Toro. Em 1479 foi assinado o Tratado de Alcáçovas reconhecendo Isabel como rainha de Castela por parte de Portugal.
Rei de Aragão e Castela
Em 1479 faleceu o rei João II de Aragão e Fernando herdou o trono como Fernando II de Aragão. A união dos reinos de Aragão e Castela foi realizada e Fernando foi reconhecido como rei Fernando V de Castela e Leão.
Isabel I também foi reconhecida como rainha dos reinos de Aragão e Castela, que embora permanecessem separados por lei, eram governados como um só reino.
Reis católicos
Fernando e Isabel, católicos fervorosos, tornaram o catolicismo a única religião permitida no país. O islamismo e o judaísmo foram proibidos.
Em 1481 foi criado o Tribunal da Inquisição espanhola que tratava com rigor os não católicos. Ao longo dos anos, os católicos foram expulsando os mouros muçulmanos vindos do norte da África e reconquistando suas terras.
Em 1481 os reis declararam guerra ao reino de Granada, o último reduto árabe de seus territórios. Em 1492, Granada se rende e torna-se parte dos domínios espanhóis. Nesse mesmo ano, foram expulsos da Espanha 165 mil judeus.
Servindo-se da perseguição aos não católicos, Fernando e Isabel exterminavam todos os seus inimigos políticos ou qualquer outro indivíduo que colocasse em perigo os seus poderes.
Em 1496 os reis Fernando e Isabel receberam do Papa Alexandre VI o título de Reis Católicos.
Novas conquistas
Em 1492, a viagem de Colombo em busca de nova rota para o Oriente e a descoberta de novas terras, foi resultado em grande parte do apoio dado pela Rainha Isabel I. Era só o início para novas conquistas.
Em 1494, o Tratado de Tordesilhas foi acertado com o papa. Pelo acordo, todas as terras do Novo Mundo deveriam ser divididas exclusivamente entre Espanha e Portugal.
Os Reis Católicos voltaram sua atenção para a Itália, onde lutavam com a França por algumas terras. Em 1503, Nápoles foi anexada ao reino de Aragão e Fernando foi coroado Fernando II de Nápoles.
Em 1506, Navarra que foi governada pelos franceses pela política de casamentos, foi reivindicada pelos Reis Católico e só reconhecida em 1516.
Últimos anos e sucessão
Com a morte da Rainha Isabel, em 26 de novembro de 1504, a herança de Isabel passou para sua filha Joana, mas com sua insanidade mental, a regência de Castela foi entregue a seu marido Filipe.
Ignorando os poderes de Filipe, Fernando persuadiu Joana a abdicar e assim continuou a reinar sobre Castela, embora oficialmente esse reino estivesse sob a jurisdição do Cardeal Ximenes.
Em 1505, Fernando II de Aragão casou-se com Germana de Foix na esperança de ter um filho homem para evitar que Filipe herdasse a coroa de Aragão, mas Germana não lhe deu o herdeiro esperado.
Em 1506 morreu Filipe, e seu neto Carlos I, filho de Joana, foi o seu sucessor e consolidou a dinastia entre os dois reinos de Aragão e Castela.
Fernando de Aragão faleceu em Madrigalejo, Cárceres, Espanha, no dia 23 de janeiro de 1516. Os túmulos de Fernando e Isabel estão na Capela Real da Catedral de Granada, Espanha.
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